«Não deixa de ser fascinante matéria de estudo comparar o vigor e a tenacidade posta na compra dos bilhetes dos U2 pe
la mesma geração de jovens cujos professores dizem que eles não lêem porque os livros são caros.Que, pelo menos até ao passado ano lectivo, tinham de abandonar as faculdades porque não podiam pagar as propinas.
E cujos corpos e almas, segundo nos andam a garantir há anos psicólogos e pedagogos, ficarão profundamente traumatizados caso tenham de se esforçar pelo que quer que seja.
Nem sei o que seria se tivessem de dormir ao relento a noite mais fria o ano para obterem, por exemplo, uma bolsa de estudo.
Felizmente que foi para os U2. Assim ninguém se traumatizou.»
(Helena Matos, no Público).
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